30 de jul. de 2013

Bo.Bô e Le Lis Blanc Envolvidas Com Trabalho Escravo e Tráfico de Pessoas!

Depois do escândalo da Zara, Bo.Bô e Le Lis são acusadas de trabalho escravo e até tráfico de pessoas! Por essa ninguém esperava!

"Fiscalização resgata 28 pessoas, incluindo uma adolescente de 16 anos. Costureiros vítimas de tráfico de pessoas viviam em condições degradantes e cumpriam jornadas exaustivas"

A parede é de tijolos aparentes, com reboco improvisado e tábuas tapando as janelas. O piso é de cimento, coberto de retalhos, linhas e sujeira. Há fios de eletricidades puxados de maneira improvisada por todos os lados, alguns perigosamente próximos de pilhas de tecido, e, em um canto da improvisada oficina de costura, uma caixa d´água. Para ficarem mais próximos das máquinas, os lustres pendem do teto amarrados por cordões em que é possível ler “Le Lis Blanc”, nome de uma das grifes mais caras do país. Espalhadas nas mesas estão etiquetas da marca, peças finalizadas e guias com orientações sobre tamanho e corte. Em cômodos próximos, ficam os trabalhadores bolivianos, vivendo em beliches em quartos apertados, alguns com divisórias improvisadas, recebendo por produção e cumprindo jornadas exaustivas.

Os costureiros ganhavam por produção e cumpriam jornadas de pelo menos dez horas diárias. Os entrevistados afirmaram trabalhar das 7h ou 8h às 17h, 18h ou 19h de segunda-feira à sexta-feira, e das 7h ao meio-dia de sábado. Alguns dizem ter cumprido regularmente jornadas de até 12 horas e trabalhado sem descanso semanal, preocupados em juntar dinheiro ou em conseguir pagar dívidas contraídas com os empregadores. Segundo os depoimentos, em média o valor pago por peça variava de R$ 2,50 a R$ 7.Segundo os registros encontrados em uma das oficinas, os costureiros recebiam R$ 5 por calça modelo Taylor, vendida em promoção no site da Bo.Bô por R$ 319,20. Na loja, há peças como o vestido Favorite, comercializado por R$ 3.368,00.

Também foram encontradas peças da BourgeisBohême, a Bo.Bô, nas linhas de produção em que aconteceram os flagrantes. Ambas as marcas pertencem à Restoque S. A., empresa proprietária também das grifes John John, Noir e Rosa Chá. Somente na produção de peças da Le Lis Blanc e da Bo.Bô foram encontrados costureiros submetidos a condições degradantes, jornadas exaustivas e servidão por dívida. Todos os libertados eram bolivianos e foi caracterizado também tráfico de pessoas.

oficina em que foram encontradas peças da Le Lis Blanc


Oficina em que foram encontradas peças da Bo.Bô



Confesso que esse tipo de notícia ainda me choca! Nem parece que vivemos em pleno século XXI! 
Marcas com grande valor agregado, queridinhas de famosos e pessoas da classe A envolvidas nesse tipo de escândalo chega a ser triste! 
É uma pena que dessa vez a notícia não tenha sido tão divulgada quanto no caso Zara, e é uma pena maior ainda, saber que mesmo a par disso, as pessoas não deixarão de consumir as peças. 

Qual a opinião de vocês sobre o assunto? Pegam nojinho das marcas quando se envolvem em escândalos, ou continuam consumindo?

Para ler a reportagem completa, acessem aqui e aqui!




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